Elaynne Camilla

Voltei para casa
mas algo de mim
ficou repetindo naquela tela.
Uma parte que escondo
Em cada palavra que escolho.

Meu nome
Minha solidão
Outros vícios para
encobrir ilusões...

Procura do outro
do toque que chega a alma.
Desespero da carne
mortalmente usada.

Cicatrizes:
Marcas da vida
na superfície pura.
Algumas doloridas,
A maioria... nem
o tempo cura.

E. C.
Elaynne Camilla

Olho no espelho
desconheço.
Pela manhã
anoiteço.
Nas fotos de outrora,
partes perdidas...
Espaços preenchidos
de pincéis e tintas.
Nos diários?
Outras perguntas.
Outras vidas.
Dentro?
Vozes em silêncio
Palavras escondidas.

E. C.
Elaynne Camilla

Por fora, a casca.
Por dentro sou pele
Que repele o toque
oco.

Por fora, o segredo.
Por dentro sou boca
Que repete o nome em
eco.

Alma leve
Presa no peso da pegada
que o vento leva...

E. C.
Elaynne Camilla

A palavra anda presa
E nessa vida cheia
Cada coisa ressalta
Esse vazio.

Se mudo inteiro
Nesse mundo só me perco
Em meio ao perfeito,
Mudo e oco.

Todo cheio de deserto
Caminho incerto
De encontro ao medo.

Transbordando o corpo
Nem meio nem todo
Tanto eco.

E. C.
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Elaynne Camilla

Se for quebrar, não toque!
Se for passar, não pise!
Se não quiser despertar, não beije!
Se não for amar, não insista!
Se for esquecer, não marque!
Se quiser voltar, que fique!
Se for morar, que cuide...
Se for,
depois de bem-querer,
Só espero
que me leve.

E. C.
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